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20 de abril de 2022

ALCOBAÇA, A CASA DE INÊS E PEDRO


O mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, monumento fundador do gótico cisterciense em Portugal, começou a ser construído no século XII, depois da vitória de D. Afonso Henriques em Santarém. A igreja da Abadia segue o modelo de Pontigny, em França: uma arquitetura de rigor aplicada à imponente nave central, com mais de cem  metros de comprimento. O deambulatório, por onde os monges caminhavam em oração, é sustentado por arcobotantes, os primeiros em território português. Na ornamentação da Capela de S. Bernardo, os barristas de Alcobaça criaram uma das suas mais expressivas obras, modelando as estátuas em terracota. E depois há as cozinhas e as soluções engenhosas  para levar água a um espaço amplo, com preocupações de higiene.

Nos seis séculos seguintes, o espaço será acrescentado ou remodelado,  de acordo com os novos movimentos arquitetónicos e com a necessidade de cada monarca deixar a sua marca real.

Na história deste mosteiro há também uma vocação para o ensino; no século XVII chega a ser a mais importante escola monástica do reino. Mas já antes eram ali preparados os noviços, e os monges  copiavam manuscritos. 

Neste documentário que vos convidamos a ver, o historiador Rui Rasquilho apresenta-nos o monumento que está ligado ao início da monarquia portuguesa e onde estão guardados os mais belos túmulos da escultura funerária gótica, túmulos onde repousam  os imortais amantes, D. Pedro e D. Inês.

(texto adaptado de https://ensina.rtp.pt/artigo/patrimonio-mundial-portugues-mosteiro-de-alcobaca/)

3 de novembro de 2021

Poesia em animação

Regresso ao lar, poema de Guerra Junqueiro

Ilustrações, declamação e animação da autoria da Olívia do 8º ano.

Trabalho feito no ano passado, durante o ensino à distância.

24 de maio de 2020

Maria Velho da Costa

Era uma das "Três Marias", autoras de Novas Cartas Portuguesas, livro que, já no final da ditadura do Estado Novo, foi proibido pela censura e desencadeou forte polémica, em Portugal e no estrangeiro também.


Maria Velho da Costa morreu hoje, aos 81 anos. Além de escritora, foi professora de português e de inglês, secretária de Estado da Cultura no governo de Maria de Lourdes Pintasilgo, leitora de português em Londres, adida cultural em Cabo Verde. E presidiu à direção da Associação Portuguesa de Escritores.

Lembramo-la como a grande escritora e a mulher notável que foi, partilhando uma ligação para o Ensina RTP, onde se pode ver um curto filme sobre ela: Maria Velho da Costa - Ensina RTP

15 de junho de 2015

Os Maias

Em especial para os alunos que fizeram o 10º ano - ver o filme durante as férias pode ser uma boa introdução à leitura do livro. 






14 de maio de 2015

Língua Líquida

E ouvir o "Mar Português", de Fernando Pessoa, em italiano? 
Poema traduzido por Antonio Tabucchi e dito por Miriam Ruoppo.







7 de maio de 2015

Portugal - the wild side


realizador e fotógrafo da natureza Daniel Pinheiro filmou durante 4 anos a vida selvagem em Portugal. O documentário, cujo trailer pode ser visto no Vimeo, foi distinguido com um prémio de qualidade. 

Vale a pena dar uma espreitadela: Portugal - the wild side



12 de abril de 2015

Filosofando

Como sabemos que somos reais? Como sabemos que estamos acordados, quando estamos acordados? A realidade que os nossos sentidos captam é real?

Uma divertida animação, inspirada no célebre axioma de Descartes: "Penso, logo existo."








15 de março de 2015

Noite estrelada

Movimento, fluido, luz. Pintura, Matemática, Física. E a genialidade de Van Gogh.




26 de janeiro de 2015

Caminho da manhã



Sophia de Mello Breyner Andersen, um texto belíssimo, exemplarmente dito por Eunice Muñoz:

Vais pela estrada que é de terra amarela e quase sem nenhuma sombra. As cigarras cantarão o silêncio de bronze. À tua direita irá primeiro um muro caiado que desenha a curva da estrada. Depois encontrarás as figueiras transparentes e enroladas; mas os seus ramos não dão nenhuma sombra. E assim irás sempre em frente com a pesada mão do Sol pousada nos teus ombros, mas conduzida por uma luz levíssima e fresca. Até chegares às muralhas antigas da cidade que estão em ruínas. Passa debaixo da porta e vai pelas pequenas ruas estreitas, direitas e brancas, até encontrares em frente do mar uma grande praça quadrada e clara que tem no centro uma estátua. Segue entre as casas e o mar até ao mercado que fica depois de uma alta parede amarela. Aí deves parar e olhar um instante para o largo pois ali o visível se vê até ao fim. E olha bem o branco, o puro branco, o branco da cal onde a luz cai a direito. Também ali entre a cidade e a água não encontrarás nenhuma sombra; abriga-te por isso no sopro corrido e fresco do mar. Entra no mercado e vira à tua direita e ao terceiro homem que encontrares em frente da terceira banca de pedra compra peixes. Os peixes são azuis e brilhantes e escuros com malhas pretas. E o homem há-de pedir-te que vejas como as suas guelras são encarnadas e que vejas bem como o seu azul é profundo e como eles cheiram realmente, realmente a mar. Depois verás peixes pretos e vermelhos e cor-de-rosa e cor de prata. E verás os polvos cor de pedra e as conchas, os búzios e as espadas do mar. E a luz se tornará líquida e o próprio ar salgado e um caranguejo irá correndo sobre uma mesa de pedra. À tua direita então verás uma escada: sobe depressa mas sem tocar no velho cego que desce devagar. E ao cimo da escada está uma mulher de meia idade com rugas finas e leves na cara. E tem ao pescoço uma medalha de ouro com o retrato do filho que morreu. Pede-lhe que te dê um ramo de louro, um ramo de orégãos, um ramo de salsa e um ramo de hortelã. Mais adiante compra figos pretos: mas os figos não são pretos: mas azuis e dentro são cor-de-rosa e de todos eles corre uma lágrima de mel. Depois vai de vendedor em vendedor e enche os teus cestos de frutos, hortaliças, ervas, orvalhos e limões. Depois desce a escada, sai do mercado e caminha para o centro da cidade. Agora aí verás que ao longo das paredes nasceu uma serpente de sombra azul, estreita e comprida. Caminha rente às casas. Num dos teus ombros pousará a mão da sombra, no outro a mão do Sol. Caminha até encontrares uma igreja alta e quadrada.


Lá dentro ficarás ajoelhada na penumbra olhando o branco das paredes e o brilho azul dos azulejos. Aí escutarás o silêncio. Aí se levantará como um canto o teu amor pelas coisas visíveis que é a tua oração em frente do grande Deus invisível.


in Livro Sexto, 1962

30 de junho de 2014

A criança que fui

"... achar / Em mim um pouco de quando era assim." 

Poema de Fernando Pessoa, interpretado por Rogério Godinho. Compositor, pianista e cantor, Rogério Godinho é um dos nomes em cartaz para a "Noite do Desassossego", que a Casa Fernando Pessoa promove no próximo dia 6 de Julho. 

 

A criança que fui chora na estrada. 
Deixei-a ali quando vim ser quem sou; 
Mas hoje, vendo que o que sou é nada, 
Quero ir buscar quem fui onde ficou. 

 Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou 
 A vinda tem a regressão errada. 
 Já não sei de onde vim nem onde estou. 
 De o não saber, minha alma está parada. 

 Se ao menos atingir neste lugar 
 Um alto monte, de onde possa enfim 
 O que esqueci, olhando-o, relembrar, 

 Na ausência, ao menos, saberei de mim, 
 E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar 
 Em mim um pouco de quando era assim.

                                         Fernando Pessoa

18 de junho de 2014

Que é a cultura?

O que é a cultura? 
O que pode a cultura fazer pela humanidade? 
O que significa ser-se culto?

Uma comunicação de Vargas Llosa, escritor peruano distinguido com o Prémio Nobel em 2010. Em linguagem cativante e simples, convida-nos a um pouco de reflexão. Vale a pena ouvi-lo.


19 de janeiro de 2014

O poder da arte

De Bernini e Caravaggio a Van Gogh, Picasso, Rothko, passando por Rembrandt e outros, um conjunto de excelentes documentários da BBC, legendados em português, que nos conduzem numa viagem de descoberta e maravilhamento: as circunstâncias históricas, a vida dos artistas, a música do seu tempo em registo de fundo, e, especialmente, a explicação das obras, reveladas em imagens deslumbrantes e vivas, cheias de pormenores que raramente conseguimos descortinar nos museus ou em visitas não guiadas:


27 de agosto de 2013

Eu tenho um sonho

"I Have a Dream" foi a frase do discurso de Luther King, proferido na Marcha de Washington por Empregos e Liberdade, a 28 de agosto de 1963, que marcou a história do movimento norte-americano pelos direitos civis. 

O discurso de King permanece uma referência no que se refere ao anseio por um mundo mais justo e tolerante. Expressa também, de modo admirável, a resistência pacífica, mas indómita, contra a discriminação e a opressão. 

Passaram 50 anos desde que esse memorável discurso foi proferido. Ouçamo-lo de novo:



13 de junho de 2013

Fernando António Pessoa

Evocamos hoje Fernando Pessoa, cujo nascimento ocorreu a 13 de Junho, dia de Santo António  e por isso Fernando António. Ao poeta desejamos longa, feliz fortuna

E aconselhamos este excelente documentário em que intervêm estudiosos, investigadores e apaixonados da obra pessoana, mas também familiares, como a sobrinha que evoca um tio brincalhão e alegre que nos custa imaginar como o poeta  de "A minha vida é um barco abandonado" ou de "Aniversário". 

O documentário desmistifica mitos e ideias feitas cujo crescimento e divulgação a internet veio infelizmente exponenciar;  e acrescenta informações deveras interessantes e menos conhecidas, por exemplo acerca da criação dos heterónimos e de algumas circunstâncias da vida  de Pessoa. Vale a pena ver:


28 de maio de 2013

Um documentário acerca do rio Mondego - o seu curso, as suas margens, a fauna, a flora... Vinte e cinco minutos de encantamento num filme de Daniel Pinheiro, projecto final de mestrado em "Wildlife Documentary", pela universidade de Salford, Reino Unido.



6 de maio de 2013

29 de abril de 2013

Uma pequenina luz

Tudo é incerto ou falso ou violento: brilha.
Tudo é terror vaidade orgulho teimosia: brilha.
Tudo é pensamento realidade sensação saber: brilha.
Tudo é treva ou claridade contra a mesma treva: brilha.
Desde sempre ou desde nunca para sempre ou não: brilha.
Uma pequenina luz bruxuleante e muda
Como a exactidão como a firmeza 
como a justiça.

Um poema de Jorge de Sena, esse grande e tão mal conhecido poeta - e romancista e ensaista e dramaturgo e pensador - do século XX português. Dito por Paulo Campos e transcrito abaixo.